O Instituto Mapa (empresa de pesquisa de opinião e análise de mercado) e a MrPredictions (empresa de big data science) pertencentes ao Grupo Nexxera; têm analisado os fluxos de dados sobre o impacto das redes sociais na eleição presidencial brasileira, extraindo uma série de inferências com aplicabilidade no universo político. Gravitam ao redor desse tema questões como: transferência de prestígio; publicidade subliminar e influência das mídias sociais no cenário eleitoral.
Segundo levantamento recente do Instituto Mapa/MrPredictions, a personalidade com maior poder de influência no Brasil é o craque Neymar, com mais de 180 milhões de seguidores. Sozinho, ele tem mais poder de influência do que o dobro de todos os presidenciáveis somados. Mas a questão é: as pessoas que seguem jogadores de futebol estão dispostas a compartilhar seus ideais políticos? Pensando nisso, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho (segundo lugar na lista com quase 80 milhões de seguidores) recentemente anunciou a possibilidade de disputar um cargo eleitoral.
A sociedade brasileira não tem interesse pelos político.Outro aspecto é que nenhum dos ditos "presidenciáveis", em especial aqueles vistos como políticos tradicionais, com mandato e envolvimento com partidos, superam a marca de 10 milhões de seguidores. A única exceção era de Luciano Huck, com mais de 40 milhões, mas que já era uma celebridade antes de se apresentar como presidenciável. Isso pode significar que a sociedade brasileira confia nas celebridades, quer acompanhar seu dia a dia, mas não tem o mesmo interesse pelos políticos, ou vice-versa.As celebridades podem influênciar o cenário eleitoral?Um outro ponto a ser observado no levantamento é que uma campanha publicitária em redes sociais que concentre os quatro jogadores mais prestigiados e as três cantoras mais populares provavelmente atingiria mais de 90% dos internautas do Brasil. O que equivale a dizer que se estas sete pessoas se reunirem e decidirem influenciar fortemente o cenário eleitoral, terão peso provavelmente maior do que todos os partidos e sindicatos somados. De outro lado, existe uma faixa dominada por "ex-anônimos", os agora famosos "youtubers". Whindersson Nunes e Julio Coscielo, que juntos reúnem grande poder de influência, com mais de 80 milhões de seguidores. Número maior do que, por exemplo, Ronaldinho Gaúcho, ou mais do que todos os presidenciáveis juntos somados (considerando somente os políticos tradicionais). Uma coisa já se sabe de antemão: os políticos tradicionais que não dedicarem a devida atenção ao universo da social media terão graves problemas nas próximas eleições e correm o risco de serem varridos da vida pública. O Instituto Mapa em parceria com MrPredictions e Grupo Nexxera tem estudadoestá detalhadamente esse teatro de operações. "Será que estaríamos vivendo o início da era da "celebricização" extrema da política? A próxima eleição vai nos mostrar alguns indicativos sobre isso", aponta José Nazereno Vieira, presidente do Instituto Mapa.Destaques:- Os atuais presidenciáveis estão muito longe de serem os maiores influenciadores no cenário digital; - A única exceção era Luciano Huck (décimo lugar entre os influenciadores); - Os movimentos ideológicos digitais (Vem Pra Rua; MBL; Revoltados On Line; Avança Brasil) somam maior engajamento que os partidos políticos no presente momento; - Jogadores e personalidades internacionais tem engajamento em vários países e várias nacionalidades, por isso tem tantos seguidores. (Neymar tem 180 milhões de seguidores); - Não existe nenhum "profissional técnico" ou "intelectual" entre os maiores influenciadores no Brasil (exceção Paulo Coelho); - Na lista dos maiores influenciadores estão cinco jogadores de futebol e quatro cantores(as); - Dentre os cinco primeiros, quatro são jogadores de futebol. - Perfis duvidosos na sua autenticidade são excluídos nos levantamentos; - Vários algoritmos e métricas também foram utilizados para detecção de fakes. Fonte: Redação grupo Nexxera |