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O Que Você não Aprendeu com Grandes Mestres, a Tecnologia vai Jogar na sua Cara

Eu me lembro da primeira vez que vi um computador na minha vida: fiquei fascinada. Fiquei ainda mais, quando vi o MIRC pela 1ª vez (era o princípio da rede social). Meu coração batia forte quando eu ouvia o som da internet discada conectando. Era uma sensação de ter o mundo na minha frente. Lembro quando fiz talvez o 1º estudo (bemmm básico) sobre o Orkut, eu estava na faculdade e tive que contar para as pessoas o que era aquilo, para que elas pudessem entrar e então eu aplicar um questionário nelas. Era mágico para mim.

Meu pai sempre quis que eu seguisse carreira em tecnologia. Ele dizia que eu levava jeito para as coisas. Adolescente e aquariana, fui estudar Comunicação. Mas a vida é fogo, me joga dentro da IBM e cá estou eu há mais de 12 anos.

Eu trabalho em RH, mas sempre pirei quando o assunto era tecnologia (especialmente redes sociais). Sempre pensei que as duas coisas podiam ter mais a ver do que simplesmente o espaço que elas ocupam na minha mente e no meu coração.

Frequentemente sou perguntada sobre a relação dessas duas coisas ou tenho longos papos com amigos que também curtem essas paradas.

Competências Necessária em 2020

E não foi preciso o fórum econômico mundial me dizer que, das 10 competências necessárias em 2020, nenhuma seria técnica, mas todas teriam a ver diretamente com a relação humana.

Eu já imaginava isso todas as vezes que pensava no médico do futuro; nos advogados que já contam com computação cognitiva em seus casos ou mesmo nos operadores de telemarketing, que tanto empregam neste país e estarão reservados apenas para resolução dos problemas mais complexos.

Você pode pensar: só os fortes sobreviverão!

Tenho 2 amigas (Hellê Ligia) que falam algo do tipo:

“Se uma tarefa é operacional o suficiente para ser delegada para uma máquina, então ela não é digna do ser humano”

Também gosto de outra que a CEO da IBM Ginni Rommety diz: “Essa era redefinirá a relação entre o homem e a máquina”.

Só que eu sou abusada e refaço a frase da big boss toda vez que leio:

“Essa era redefinirá a relação entre o homem e a máquina, entre o homem e o homem e entre o homem e si mesmo”

Eu amo tecnologia, mas meu assunto é o HUMANO. Não consigo falar disso sem pensar em como alertar as pessoas e, como facilitadora, que ferramentas posso lhes apresentar para esse futuro que já é amanhã.

Fico pensando nas crises de identidade que as pessoas terão: quem sou eu que não mais aquela pessoa que executava aquele tipo de tarefa?

Isso porque, desde pequenininhos somos impelidos a fazer coisas, somos até premiados por isso e dificilmente há um incentivo para olhar para dentro de si, se sentir, se entender.

A Tecnologia vai Jogar na Cara a Necessidade de Desconstrução

A história comprova que já tivemos grandes mestres que tentaram nos ensinar isso tudo. Grandes sábios. A gente não deu muitos ouvidos para eles não. A tecnologia está vindo aí, para nos jogar na cara essa necessidade de desconstrução. Mas ela não diz como fazer.

Então, cara, na boa, quanto mais você adiar seu mergulho no autoconhecimento, mais atordoado você ficará quando a onda bater. O caldo vai ser forte.

Olhar para dentro, certamente vai lhe obrigar a se desmontar um pouquinho, se reconstruir e fazer isso algumas centenas de outras vezes mais. Aviso: isso pode (e provavelmente vai) doer. Mas conselho de amiga: quanto mais tempo levar para isso, maior será a dor.

Como consequência da escolha de se conhecer melhor, você poderá olhar para o outro com outros olhos. Afinal você já percebeu o quanto você mesmo é falho e, logo, qualquer habitante desse planeta está longe da perfeição. E aí, seu conceito de grupo, de sociedade também estará mudando.

Um Pequeno Abalo Sísmico

Ler os parágrafos acima deu um pequeno abalo sísmico em você? E você se pergunta: e agora?

Bom, tem muitas formas de passar por isso. Eu conheço uma, o Mindfulness. Através dele você primeiro entra em contato com o mais básico sobre você: seu corpo e sua respiração. Com o tempo e diminuindo seus julgamentos, você percebe suas sensações, emoções e começa a lidar melhor com tudo isso. O passo seguinte é sair de você e ir para o outro; entender o outro; diminuir os julgamentos e praticar a tal da empatia verdadeira.

Tem muitos livros que você pode ler para entender mais sobre o tema. Mas assim como nadar, não se aprende Mindfulness lendo. É preciso prática e disciplina.

 

* Se quiser saber mais sobre como tenho me desconstruído usando Mindfulness, aproveite e veja a talk que fiz para o TEDxLaçador *


Texto originalmente publicado no LinkedIn 

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