Já parou para pensar que a forma como utilizamos as redes sociais, nada mais é que uma cópia dos antigos modelos de jornais, revistas e diários, inclusive baseado em venda de espaço de propaganda (mídias)? Na tentativa de mudar esse modelo de negócio e propor exercícios de futuro, e não apenas de presente estendido, o Facebook anunciou nos últimos anos três projetos – começando pela aquisição da Oculus Rift, em 2014 - que realmente trarão inovação na forma como atuamos e utilizamos as plataformas de redes sociais.
Facebook Space
Esse projeto garante a possibilidade de trazer o facebook para realidade imersiva (VR). O acesso a conteúdo, fotos, e momentos tanto das pessoas que você segue, quanto os seus próprios posts, não mais será através de um “jornal eletrônico”, mas de um espaço. Dentro desse espaço, é possível imergir em um post. Em um futuro próximo, com a massificação das câmeras 360º, nos entraremos literalmente dentro do post das pessoas, seja ele em formato de foto ou vídeo. É a possibilidade de experimentar determinado momento através de um outro ângulo, através do ponto de visão e de vivência de uma outra pessoa. Com o Facebook Space conectar-se com aqueles que ainda não estão dentro da plataforma VR, é uma possibilidade também. O messenger é a ponte entre esses mundos, o imersivo e o material.
Facebook Memories
Mark Zuckerberg anunciou no início de maio na Conferência do F8 o Facebook Memories. Com a utilização de inteligência artificial conectada a realidade imersiva de VR, os álbuns ganharão vida. As memórias presas nas dimensões 2D, serão recriados pixel a pixel pela IA. Através do oculus rift você poderá novamente explorar períodos que estavam presos ao passado. Será a oportunidade de visitar momentos com pessoas que você ama, ao mesmo tempo que promover encontros de gerações que não coexistiram. Será um imergir nas memorias e de forma sinérgica fazer uso desses momentos.
Facebook Metaverse
Lançado no Connect 5 no final de setembro, o MetaVerse, ou Metauniverso, é a utilização de óculos de realidade mista, ou com computação espacial, para capturar o espaço físico em que uma pessoa se encontra e transformá-lo em um espaço sem limites proporcionado pela realidade virtual. No espaço físico as pessoas acessam unicamente seus computadores, mas no mundo virtual elas podem acessar, suas agendas, redes sociais e salas de reuniões. O objetivo é a interação com pessoas fisicamente ou emocionalmente distantes de forma tão precisa, que o contato se torne face a face. No futuro poderemos trabalhar lado a lado com nossa equipe de trabalho, mesmo que cada integrante esteja em cantos diferentes do mundo.
O convite do Facebook, e que provavelmente outras plataformas também farão, é para repensarmos o modo como interagimos e pararmos de usar o presente estendido (que é pegar todos aqueles modelos antigos e apenas migrá-los para o digital). Após mais de uma década de uso dessas plataformas, o Facebook possui material suficiente para pensar um modelo inovador com base em todos os dados, momentos, fotos e vídeos que criamos. Poderemos acessar momentos do passado com a veracidade do presente. Isso elevará as conexões humanas a outro patamar, com mais empatia e com a oportunidade de experienciar essa conexão a partir do ponto de vista de outras pessoas. Será um exercício muito interessante de conexão humana.