A NASA lançou vários novos satélites e dois deles entraram em órbita com a mesma função: observar como é que o planeta está lidando com a água, seja com relação ao derretimento das calotas polares, às secas ou a elevação do nível do mar, entre outras coisas relacionadas às mudanças climáticas. Os gêmeos GRACE-FO substituem os GRACE (Gravity Recovery and Climate Experiment Follow-on), que faziam esse papel desde 2002 e foram desativados no ano passado.
Missão é uma parceria entre a NASA e o Centro Alemão de Pesquisas em Geociência
Quando a primeira sonda GRACE-FO passa acima de uma grande área de massa, como um enorme aqüífero subterrâneo, sua gravidade puxa o satélite e a proximidade com a segunda muda. Ao examinar constantemente esse intervalo, as espaçonaves serão capazes de criar, mensalmente, um mapa da gravidade da Terra. As alterações destacadas nesse processo é que vão indicar como a água é distribuída por aqui.“Os recursos hídricos são vitais para a vida na Terra e para o modo como operamos a civilização. É muito importante entender como esses recursos estão mudando"; destaca Frank Webb, cientista do projeto GRACE-FO no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Gêmeos ganharam upgrades em relação aos GRACE anteriores
Os GRACE anteriores revelaram, por exemplo, que a Antártida vem perdendo 120 gigatoneladas de água por ano. O derretimento contribuem para o aumento anual de 1 milímetro do nível do mar, de acordo com Webb.
Expectativa é de que os GRACE-FO fiquem em atividade somente por cinco anos, devido às limitações para que possam fazer medições precisas
Eles também já ajudaram a monitorar as secas, medindo como os aqüíferos subterrâneos mudam; bem como a distribuição geral de água no solo, lagos, rios e geleiras. Em 2011, por exemplo, a elevação do nível do mar desacelerou um pouco, embora os lençóis de gelo ainda estivessem despejando água no oceano. As sondas apontaram água extra armazenada na Austrália e na América do Sul, regiões atingidas por fortes chuvas.
Os GRACE-FO usam a mesma tecnologia de microondas que os antigos e receberam melhores baterias, além de uma câmera adicional. As sondas estão equipadas com novos feixes de laser, capazes de realizar medições dez vezes mais precisas que processos anteriores.Os gêmeos GRACE-FO
Os primeiros dados devem demorar cerca de 90 dias para começar a chegar até a NASA. A missão é uma parceria entre a NASA, que banca US$ 430 milhões, e o Centro Alemão de Pesquisas em Geociência, que custeia outros US$ 90,7 milhões. Com os satélites fazem avaliações muito sensíveis sobre suas distâncias, não estão equipados com propulsores para ajustar suas órbitas. Isso significa que não ficarão por muito tempo lá, entre sete e oito anos, dos quais cinco são de atividade.