5ª edição do festival realizado em Santa Rita do Sapucaí (MG) terminou neste domingo.
Depois de quatro dias de palestras, debates, workshops e apresentações, o Hack Town terminou neste domingo (8), em Santa Rita do Sapucaí (MG). Ao longo das quase 600 atividades promovidas pelo festival, o público pôde acompanhar o lançamento de uma rede de testes 5G, show surpresa com Rubel e até um caixão sendo carregado para chamar atenção para o aquecimento global.
O Hack Town foi realizada durante quatro dias, com mais de 6 mil participantes e 200 funcionários trabalhando. O festival chegou a ter 38 atividades simultâneas, segundo a organização.
E o G1 foi conferir e traz o que marcou a 5ª edição do festival. Confira:
1) Diversidade
O Hack Town sempre foi um festival de inovação, mas se no começo era mais voltado a palestras técnicas e na áreas da tecnologia, a organização agora parece ter abraçado de vez uma proposta mais ampla, com discussões sobre as mais diversas áreas da sociedade.
O resultado desta mudança pôde ser sentido nas ruas, salas, bares, auditórios, palcos, enfim, em praticamente todos os lugares onde o evento aconteceu, com a presença de um público que pulava de uma palestra sobre educação ou economia, para um show em um espaço aberto e depois voltava para outra palestra sobre tecnologia, por exemplo.
Além disso, segundo a organização, a edição 2019 foi a que mais teve atividades noturnas até agora, aumentando o uso do espaço fora dos prédios.

2) 5G
O lançamento da rede de testes de internet móvel de 5ª geração foi um dos pontos mais importantes do evento. Com autorização da Anatel, a rede 5G instalada no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) deve permitir o estudo e desenvolvimento de novas tecnologias na área.
Junto com o lançamento, a Casa 5G, instalada na cidade, reuniu projetos e aplicações onde a tecnologia pode e deve ser usada, permitindo ao público ver de perto o funcionamento do sistema.

3) Interação
Mas é justamente nos intervalos de cada evento ou nos shows que o Hack Town tem provavelmente seu ativo mais forte, a energia do público. E para quem é tímido ou tem algum tipo de dificuldade de se relacionar, teve até empresa tentando facilitar essa interação para quebrar as barreiras.
“A gente acredita muito na inovação pela conexão de pessoas, por criar laços entre as pessoas e botar as pessoas para conversar. Principalmente pessoas diferentes, que têm opiniões diferentes. E a gente acredita que conectando as pessoas, a gente consegue ter novas ideias, novos insights”, explica a designer Iona Chaves Alberto.

4) Caixão
E se o tema é inovação, é impossível não falar de criatividade. Durante o Hack Town, diversas iniciativas e discussões giraram em torno do tema, especialmente em relação a redes sociais. Mas uma iniciativa de uma dupla palestrante também ganhou destaque.
Para falar sobre os efeitos do aquecimento global no meio ambiente, Luciana Bazanella e Vanessa Mathias levaram um caixão para os corredores do prédio, simbolizando a morte de um coral.

5) Oficinas
Depois de três dias de palestras e discussões, o domingo foi reservado para a realização de oficinas e workshops. Os participantes puderam se inscrever antecipadamente para um evento na parte da manhã e outro na parte da tarde.

6) Estúdio Hub
Um rádio web foi montada no coreto da Praça Santa Rita, no Centro da cidade, exclusivamente para o evento. Do local, uma equipe transmitia ao vivo, conversando com palestrantes, comerciantes e com o público do festival.
“Eu acho que é uma oportunidade para todos que estão aqui ao redor conhecerem também o mecanismo da rádio, como funciona”, diz a produtora Teresa Campos.

7) Shows surpresas
Além de toda a programação divulgada antes do festival começar, o Hack Town teve ainda alguns shows inesperados. No sábado à noite, por exemplo, o cantor Rubel foi à varanda da Casa 5G e fez um show de cerca de 40 minutos para o público.
Rubel começou a apresentação cantando “Quando Bate Aquela Saudade” e cantou outras famosas, como “Partilhar”, mas sobrou espaço até para o hit “Medo Bobo”, que ficou famoso nas vozes da dupla Maiara e Maraísa.

8) Festival de música
No palco Rockambole, montado no Centro da cidade, participantes do festival e moradores da cidade puderam curtir diversas bandas durante a sexta-feira e o sábado. Enquanto durante o dia o público era mais discreto, nas apresentações noturnas o espaço reuniu uma multidão.
Destaque para as apresentações das bandas Supercombo, Scatolove, Plutão Já Foi Planeta e para a Scalene, que fechou a noite de sábado.

9) Participação da cidade
O Hack Town definitivamente já entrou no calendário de Santa Rita do Sapucaí. Enquanto o festival acontecia em 38 diferentes pontos da cidade, comerciantes montaram uma estrutura na praça central, com venda de comidas, bebidas e produtos artesanais.
Além disso, diversas outras iniciativas independentes foram criadas, aumentando o interesse e a participação dos moradores nos eventos que acontecem junto com o festival.

10) O público
Segundo João Rubens Costa Fonseca, um dos sócios organizadores do festival, foram mais de 6 mil ingressos e cada participante assiste em média oito palestras (o máximo, por uma questão de tempo, são 16).
Com tudo isso, a participação de homens e mulheres que adquiriram ingressos para o Hack Town foi muito equilibrada, chegando quase aos 50%. A organização informou ainda que grande parcela do público foi de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Fonte: G1