Como profissional que trabalha com tecnologias e futurismo, tenho oportunidades de estar em muitas indústrias e participar de inúmeros eventos. Nunca atuo apenas como palestrante, por ser pesquisadora sempre me envolvo no ecossistema, pois a posição é privilegiada para a observação de dados qualitativos e tendências.
A cada palestras, painel, workshop os dados desenham padrões claros sobre quão comprometidos estamos como profissionais e como pessoas em evoluir as matrizes de negócios e sociais para um patamar mais integrado e sustentável!
Essa semana minha incursão foi na indústria de Energia Solar, que até então só possuía uma visão artística. Me explico, para mim tecnologias futuras são muito parecidas com arte, quanto mais futurística maior o design e equilibro estético; na indústria de energia essa máximas se encaixa perfeitamente. Compare uma refinaria de petróleo com fazendas eólicas e solares e tire suas conclusões:
Essa semana pude me aprofundar no tema e concluir que:
- A capacidade instalada em energia solar no Brasil deve fechar o ano perto de 2,5 gigawatts. Um salto de cerca de 115% ante a marca de 1,15 gigawatt no final de 2017. Conforme projetou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
- O impulso à fonte, que apesar de um enorme potencial representa apenas 0,8% na capacidade do país, dominada por hidrelétricas e com crescente participação de térmicas e eólicas, deve vir tanto da construção de grandes parques fotovoltaicos quanto de instalações menores, em telhados.
- Se boa parte da população instalar energia solar nas casas e empresas, não seria necessário inundar áreas imensas da floresta amazônica para construir usinas hidrelétricas absurdas como a Belo Monte.
- Os desafios do país passam principalmente por modernizar as leis e a mentalidades que regem a indústria. A tecnologia fotovoltaica já é commodity no mundo. A adoção local dependerá mais de modelos de negócios que facilitem desenvolvimento de empresas e incentivos à migração da população para sistemas de energia solar. Passando todos de consumidores à geradores de energia e o governo de provedor a regulador e mantenedor de redes de distribuição.
Energias Renováveis e suas Exponencialidades.
Ao longo desses dias testemunhei o idealismo dos líderes da indústria. Nenhuma discussão permeou somente lucros e performance, mas sim como melhoramos a Matriz Energética do Planeta, parando de remover dinossauro líquido do solo e movendo de uma vez por todas para energias renováveis e suas Exponencialidades!
Não posso deixar de destacar que fui parar nesse evento pela força, uma vez mais, da rede. Weslei Vianna, Chief Storyteller da The Content, viu uma palestra minha sobre o Voicers no Evento da Era Transmídia ano passado; ouviu que uma das Vozes do nosso ecossistema era Boris Petrovic, presidente do instituto Tesla Brasil e sobrinho tataraneto do próprio Nikolas Tesla.
Em nome de Tomasz Slurz, fundador da Solar Business TV, um polonês cidadão do mundo, que promove Solar Energy Think Tanks ao redor do planeta, Boris e eu fomos convidados a trazer reflexões e visões futuras para esse grupo de Solar thinkers que defendem 100% de Energia Solar ou Limpa para as próximas 2 décadas!
O que eu posso dizer é que embarquei em uma das semanas mais sincrônicas que já vivi e mais uma vez o BigData planetário fez sua parte!