Chance Glasco, um dos criadores da franquia Call of Duty, vem ao Brasil para comandar a palestra "Dos Games à Realidade Virtual", que aconteceu durante o evento Rio2C, focado em inovações tecnológicas.
Esta não é a primeira passagem dele por aqui. Em entrevista ao
IGN Brasil, Glasco comentou que morou no Rio de Janeiro e em São Paulo; experiência que proporcionou ao profissional uma visão interna de como funciona o mercado nacional em termos de tecnologia,
Maior barreira para a Realidade Virtual no Brasil são as tarifas:
"Em comparação com outros países, a maior barreira para a Realidade Virtual no Brasil são as tarifas", apontou. "Metade do preço final é resultado de impostos, isso se você conseguir achar um aparelho. Aliás, é provável que empresas passem a utilizar Realidade Virtual mais rápido do que o público em si já."
Após ter trabalhado com uma das franquias de tiro mais importantes da indústria, Chance Glasco passou a focar na Realidade Virtual - especificamente, no desenvolvimento do aplicativo Rumii, um ambiente virtual criado para funcionar como uma sala de reunião normal, na qual mesmo pessoas que estão extremamente distantes podem se encontrar.
"Reuniões em Realidade Virtual é o mais próximo que vamos chegar de encontrar outra pessoas como se fosse na vida real".
https://www.youtube.com/watch?v=SS5cR059o4E
Espaço Escolar Virtual
Além de servir como um lugar comum no qual executivos podem realizar reuniões; o Rumii será utilizado também para a criação de um espaço escolar virtual. Fazendo menção ao livro que inspirou o filme
Jogador Número 1, Glasco comentou quais devem ser os próximos passos da empresa nesse sentido.
"Boa parte do livro se passa em uma sala de aula virtual", comentou. "Há dois meses, vendemos duas mil licenças para uma universidade e estamos adaptando todo o programa online deles para RV. De certa forma, estamos praticamente criando uma escola virtual como a deles".
Apesar de ter participado da criação de Call of Duty, Chance Glasco diz que, ao mesmo tempo em que este reconhecimento é divertido, ele se incomoda quando o chamam de "criador", no singular, por sentir que o trabalho de seus colegas acaba sendo desmerecido.
Questionado a respeito da possibilidade de um game de tiro em primeira pessoa ser lançado em Realidade Virtual, ele comentou:
"Nunca vi alguém ficar mal usando nosso aplicativo, mas oferecemos reuniões e não tiroteios frenéticos".
"Acredito que os desenvolvedores ainda precisam encontrar novas maneiras de produzir jogos para que eles fiquem mais populares e menos pessoas sintam tontura jogando".
Fonte:
IGN Brasil