Marielle Franco recebe homenagem no SXSW, nos Estados Unidos
Evento internacional cria painel para debater assassinatos, desigualdade de gênero, raça e social e como a arte pode mudar padrões estabelecidos. De última hora, brasileiros conseguem aprovar com o festival um painel que discute o papel da vereadora para a música nacional; Liniker foi uma das participantes.
Painel debateu a importância de artistas na defesa da democracia no Brasil Aline Sordili[/caption] https://www.youtube.com/watch?time_continue=39&v=zqb5xMCsVjE Parte da delegação brasileira transmitiu a mensagem do assassinato de Marielle pelas ruas da cidade. E, nesta sexta-feira, conseguiu com que a organização abrisse, de última hora, espaço para o painel “O que #MariellePresente significa para a música brasileira”. A própria Liniker participou do debate ao lado de Fabiana Batistela, da Sim São Paulo, Pedro Garcia Moura, da Isobar, e Bruno Natal, da Queremos!. A discussão teve como pano de fundo o atual cenário político do Brasil e como a música, nesse contexto, pode contribuir para o debate sobre violência, discriminação e racismo. Os organizadores capturarem a hashtag #MARIELLEPRESENTE nas redes sociais, eles entenderam a questão em torno do assassinato da vereadora e montaram um painel para discutir o assunto internacionalmente. O SXSW apresenta Marielle como "uma poderosa voz para a mudança em uma era turbulenta da política brasileira"."A vereadora vinha sendo uma inspiração para a comunidade criativa e criticava fortemente a presença militar nas favelas do Rio".
Quem São Os Porta-Vozes desses Movimento?
O painel foi aberto por Tracy Mann, da organização do evento. Tracy fez a ressalva de que não é comum os organizadores do festival abrirem a mesa, mas que este era um momento incomum. "Entendemos a importância disso e estamos ao lado de vocês", afirmou.O assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Pedro Gomes foi colocado por Fabiana como o marco para um momento de mudança necessário para o País, e que a música e os artistas brasileiros precisam ser porta-vozes desses movimentos. "Precisamos lembrar da importância da classe artística desde a ditadura. Não podemos deixar essa tolerância continuar", afirmou a executiva.
"O Brasil está sempre à frente de tendências e uso da internet, como a liderança nas redes sociais, a ocupação das escolas. Precisamos usar este pioneirismo para mudar e ocupar os espaços que são da sociedade", acredita Garcia.
Desde os assassinatos, a hashtag #MariellePresente já apareceu mais de 14.800 vezes nas redes sociais, Twitter, Instagram e Google Plus, segundo levantamento do Torabit desde o dia 13 de março. Outros termos relacionados aos assassinatos chegam a quase 2.000 menções.